O Teatro de Ariquemes

O Teatro de Ariquemes

Quando fui prefeito de Ariquemes eu resolvi visitar os CEUs (Centro de Educação Unificados), criados pela Prefeita de São Paulo, Marta Suplicy. Confesso que fiquei admirado. Posso dizer deslumbrado. Estes CEUS eram localizados nas periferias pobres da cidade. Era um sonho. Ia da creche ao ensino médio. Sempre tive admiração pela educação integral. A escola para todos.

A melhor escola destinada aos mais pobres.

Subi, desci, rodei as instalações. Arte e esporte. Em cada um deles havia um teatro. Conheci dois brilhantes arquitetos responsáveis criadores do projeto: Bia Goullart e José Carlos Serroni. Serroni é cenógrafo, roteirista, professor da USP – idealizador dos teatros dentro das escolas.


Bia me ajudou em Rondônia e projetou a escola de Jaci-Paraná, fantástica.

Serroni me ajudou a conceber a arquitetura do TEATRO DE ARIQUEMES, trocando ideias com Dr Fernando Ceballos (engenheiro da Prefeitura de Ariquemes).

Tenho passado na Avenida Tancredo Neves e vejo o teatro, aparentemente, pronto. Este teatro deve ser aberto e entregue aos artistas e ao povo. O teatro acrescenta um diferencial que há de distinguir a cidade de Ariquemes. O povo tem necessidade de consumir arte e cultura.

Abra o teatro e uma nova economia emergirá dele – a da criatividade. A arte aumentará a riqueza da cidade.

Hoje, o terreno e obra estão no domínio do Estado, por um acordo para conclusão da obra. Mas, o teatro é de Ariquemes. O que justifica o nome – TEATRO DE ARIQUEMES. Basta que a Prefeitura solicite do Estado a devolução do patrimônio, a Assembleia Legislativa se manifestará e deixe que o custeio será compartilhado entre vários parceiros.

Há anos, uma aluna do Heitor Villa Lobos foi ganhadora de um concurso de redação – ela escolheu narrar a obra inacabada do teatro, com o título: A Mansão dos Desabrigados. E não poderá continuar assim, com a profecia daquela brilhante aluna – o nosso teatro continuar a ser “mansão das almas perdidas”, ou mesmo, um purgatório, se poderemos transformá-lo num céu das artes

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